Dia desses, conversando com um professor da área de finanças e funcionário de alto-escalão de um dos maiores bancos privados do pais, o Cobol veio à tona.
Os grandes bancos ainda hoje mantêm seus sistemas principais em Cobol. Os mainframes convivem com aplicações escritas há 30 anos e com códigos-fontes novinhos em folha, tudo em Cobol.
Por que razão o Cobol não perdeu lugar para a torre de babel das linguagens “top” de hoje em dia? Simples! O primeiro argumento é auto-explicativo: funciona. Qual a vantagem de reescrever uma aplicação Cobol em Java? Mainframes não ficam obsoletos na mesma velocidade que um PC. Mas o segundo argumento, dado pelo professor citado acima, é mais interessante. Cobol é mais seguro. Oras, você conhece algum adolescente “hacker” que saiba Cobol? Conheço vários que são áses em Java, SQL-Injection, TCP-IP e tals… mas diante de um belíssimo fonte em Cobol e de sua estrutura de arquivos, não passam de ilustres ignorantes.
Eu programei em Cobol. Aprendi quando cursava o Técnico em Processamento de Dados. Durante essa conversa sobre Cobol, comecei a sentir uma certa nostalgia do “Cobolão”… quem sabe, uma hora dessas eu baixe o MS-Cobol 4.5 de um desses sites de abandomware e coloco uma máquina virtual com o MS-DOS para matar as saudades das DIVISIONS do Cobol!
Outra linguagem que ainda sobrevive no mainstream da informática é o DataFlex. Sensacional, de longe a melhor linguagem de programação com qual já trabalhei. Goza do mesmo privilégio do Cobol, ou quase. Jurássica, mas funciona. Clipper? Pulei essa fase, mas tô cansando de ver sistemas em Clipper rodando ainda em muitos lugares…
Bom, tenho certeza que depois de codificar 20 linhas em Cobol, minha saudade passará e voltarei ao meu dia-a-dia… pelo menos até o próximo ataque de nostalgia. Ah… GW-Baisc!! Uh…
🙂
Tags: cobol
03.outubro.2008 às 10:27
Depois de tanto papo filosófico… me baixa um nerd nesse blog ?? huauha
mas é engraçado.. se vc olhar os classificados da área de info.. sempre tem muita vaga pra trabalhar em cobol… que fase, não é do meu tempo uhauh