Amanhã vou para a Ilha do Cardoso (os links? procure no Google, preguiçoso!) com um bando de amigos. Vamos deixar nossas confortáveis casas e toda a tecnologia que nos cerca para viver 48 horas como meros homens das cavernas… mentira, vamos levar lanternas, comida industrializada, barracas, colchões e tudo o mais que existe ao alcance de nossos bolsos para tapear a mãe-natureza!
Se formos pensar friamente, é uma puta fanfarronice. Dois dias no mato! Dormindo mal, comendo mal, respirando mal… não que o ar seja poluído, pelo contrário, mas com nosso condicionamento físico de experts em computação, vamos por a língua ao chão.
Comer raízes como os nativos?! Pirou né… vamos levar bolacha, barrinhas de cereal, gatorade e chocolate. Natureza sim, mas com guloseimas… Zé Colmeia perde feio… e beberemos cerveja, pois não podemos ficar sem o elixir da vida sedentária.
Voltaremos fedidos, com arranhões, picadas de insetos… mas com a alma lavada. Com aquela sensação de liberdade que durará até o exato momento em que o despertador toque, anunciando uma nova segunda-feira de trabalho. Mas a gente se vende fácil… 48 horas envolto pela pseudo-mãe-natureza e teremos conversa-fiada para o ano todo… vamos nos vangloriar de nossos feitos para os amigos, namoradas e esposas… e o faremos à exaustão em cada mesa de bar.
Alguns diriam que há na natureza humana um gene escondido que nos impele ao primitivo, ao contato com a natureza in natura… mentira! Somos homo tecnologicus perdidos na selva de pedra com faniquitos de Indiana Jones John Locke em Lost . Eu admito.
Mas vai ser legal… semana que vem eu posto o resultado (adulterado e contando vantagens) da aventura do Despraiado Summer 2010.
Até mais!
Ed Quarterman
Tags: ilha do cardoso, natureza, viagens
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