Um

Barulho. Sons desconexos, caos melódico

As vozes se perdem no espaço quadrilatero

Formam uma onda, um tsunami acústico

Os passos descompassados, o metal arrastado

Os beeps digitalizados, os bits analogisados

Tudo ao mesmo tempo, tudo simultâneo…

Subitamente, o Trovão

A potente voz do olimpo

Rompe o caos e provoca o temor

Almas alvoroçadas silenciam-se

Mentes inquietas suspendem-se

O silêncio, vitória da força, do poder

A frenética dança atômica cessa

O metal imóvel

Um fragmento de tempo

Mínimo, minimamente…

Volta o caos, o barulho

O Trovão é efêmero

Um.

2 Respostas to “Um”

  1. Fatima Hernandes Says:

    Tenho vindo quase sempre ler o que escreves. Gosto.
    No mais, o ritmo frenético, a dança perfeita das idéias e das palavras deixaram este poema com um certo quê de rock´n Roll.
    🙂

  2. J.F. de Souza Says:

    Saraivada
    ————
    quando todos
    finalmente
    pararem para ouvir
    será tarde

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