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Abraços
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Há 14 anos eu encontrei uma folha de caderno dobrada em 3 partes caída na calçada em frente à casa dos meus pais. Na folha de caderno havia uma carta e alguns desenhos. Desde então, essa folha de caderno ficou guardada em minhas coisas. Hoje, remexendo em alguns papéis, reencontrei-a. O texto apresentado logo abaixo é a reprodução do conteúdo desta carta que, destaco, não é de minha autoria.
30x6x94 MEIA NOITE FRIA E SOMBRIASPLATTERxGRINDECORExHARDCORExCROSSOVER HOJE EU LI A SUA CARTA E ADOREIO QUE VOCÊ MUITO LINDA A ESCREVEULENDO O QUE VOCÊ PENSA SOBRE MIM EU NÃO AGUENTEI EFUI OBRIGADO A SE MASTURBAR PENSANDO NO TESÃO DEMORBID ANGEL QUE VOCÊ É, MINHA QUERIDA GOSTOSASÓ PENSO EM VOCÊ, E O KÊ SINTO POR VOCÊ É TÃO +ARDENTE QUE NÃO CONSIGUO EXPLICAR É UM FOGO QUE MEQUEIMA POR DENTRO E ME FAZ SEMPRE MUITO…
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Parece que foi ontem! Eu tinha meus 6 ou 7 anos e brincava de ser o Ultraman no pátio da escola. Naquele tempo eu não pensava no futuro. Não num futuro distante, no máximo, no fim de semana. E a vida passa… quando você percebe, 40 anos se foram. Parece que foi ontem… minha memória já não me permite o acesso a fatos mais primordiais. Me lembro de pouca coisa antes dos 6 ou 7 anos, um flash ou outro, mas por auxílio de fotos e histórias contadas pela família que pelos meus próprios neurônios. Talves esse seja um dos reflexos dos 40!
Que diferença substancial existe entre a passagem dos 39 aos 40? Nenhuma, mera contabilização do tempo, coisa pra lá de relativa. Mas somos seres marcados por fatos e uma nova década de existência é um desses fatos da vida. Nada vai mudar do dia 28 para o dia 29, a não ser que haja um apocalipse zumbi, o certo é que o eu que aqui digita estas bem diagramadas linhas e o eu do dia 29 são a mesma pessoa, salvo um ou outro fio de cabelo por cair, salvo uma ou outra célula morta descartada ao longo do banho. Mas marco é marco e as pessoas vão dizer: é, chegou aos 40.
Pois é… 40, mas num corpinho de 39! Levemente abaulado na região abdominal, com os cabelos majoritariamente na cor original, embora a legião alva insista em ganhar terreno. Os sinais do tempo não me poupam, eles não poupam ninguém, nem mesmo os que tentam escamoteá-los nas plásticas, químicas e similares. E eu não costumo me preocupar com isso, deixemos a natureza seguir seu curso. E por falar em natureza, não escaparei à crueldade da natureza humana, formalizada nas piadas infames sobre uma das decorrências dos 40, o tal do exame de próstata, assunto este que será deliberadamente ignorado nas linhas que se seguem.
Estivéssemos na Idade Média, eu já seria um idoso. Chegar vivo e saudável aos 40 anos em tempos medievos era tarefa quase impossível. Mas em tempos modernos, vivemos mais. Viva a ciência e a tecnologia, que nos deu maior qualidade de vida. Mas nem tudo são flores, sem discorrer sobre o extremo da bomba atômica e outras mazelas que a mesma ciência e tecnologia nos proporcionou, o fato é que chego aos 40 trabalhando mais e fruindo menos! (Sim, é fruindo mesmo, de fruir, joga no Google). Chego aos 40 pagando mais imposto de renda, gastando mais tempo nas responsabilidades que a experiência nos brinda. Mas nem tudo são pedras, chego aos 40 ganhando mais que aos 30.
Chego aos 40 com algumas cicatrizes, muitos erros, alguns acertos e a certeza de que nada é certo, exceto a morte, cuja perspectiva eu gostaria de manter distante por mais 40 anos. Chego aos 40 mais calmo mas não menos inconformado que na adolescência com este “mundão véio sem porteira”. Aprendi a direcionar minha incompreensão, ora na filosofia, ora na educação, ora na cerveja. Cada uma em sua dimensão e benefícios próprios, a filosofia, o magistério e a cerveja me permitem fazer um uso criativo, libertário e transformador das minhas angústias com este mundo, vasto mundo. A filosofia me trouxe conhecimento, auspícios de sabedoria. A educação me permite pensar o novo, plantar sementes, espetar mentes. E a cerveja, ah… A cerveja é o catalisador da nossa experiência social. E é num gole desta mistura de maltes, lúpulos, leveduras e água que eu fermento minhas ideias, engarrafo pensamentos e degusto-os com aqueles e aquelas que me são queridos.
Chego aos 40 amando intensamente esta mulher que, ainda bem longe dos 40, divide comigo a alma e, dizem os teólogos e também os poetas, que as almas não têm idade 😉
Enfim, chega de chegar aos 40. Deixemos um pouco para os 50, 60, 70 e, quiçá, 80…
Eu tô sentindo que a galera anda entendiada
Não tô ouvindo nada, não tô dando risada
E aê, qual é? Vamô lá, moçada!
Vamô mexe, vamô dá uma agitada!
Roger Moreira, Ultraje a Rigor
A mídia cinematográfica tem um grande poder informativo. Pena que em certos casos, a informação nos chegue de maneira equivocada, para não dizer tendenciosa. Veja, por exemplo, o termo Hacker. Na cultura dos desenvolvedores de programas de computadores, o hacker é um especialista em programação que busca sempre superar desafios intelectuais. Mas hacker não limita-se a isso, Eric Raymond*, guru da cibercultura, assim define o termo hacker: “Um especialista ou entusiasta de qualquer gênero”. Um hacker pode ser um engenheiro, astrônomo ou professor! Basta que dentro de sua atividade ele busque superar os desafios intelectuais que a mesma lhe impõe.
Já o cinema gosta de retratar o hacker de duas formas bastante peculiares. Ou trata-se ou do ultra-especialista em tecnologia que, seduzido pelo “lado negro da força”, se lança nas mais variadas atividades criminosas que envolvam o uso de computadores; ou do adolescente desajustado, de elevado Q.I. e com um círculo social que se limita ao seu vizinho (igualmente adolescente, desajustado e de elevado Q.I.) e seu hamster.
Essa forma estereotipada do Hacker ultrapassa as telas do cinema e passa a integrar o cotidiano dos telejornais. Não é raro assistir a um noticiário que qualifica de “hacker” um sujeito que, sem muitas habilidades em informática, se utiliza de programas prontos e técnicas rudimentares, muito mais ligadas à sua má-fé e à ingenuidade de terceiros, que a um alto conhecimento técnico. De especialista em alta tecnologia esse meliante não tem nada, mas graças à banalização do termo, hacker passou a ser sinônimo de criminoso!
Leonardo DaVinci não pensou em computadores na sua época, embora tenha sido uma das mentes mais brilhantes da humanidade, antecipando em seus projetos máquinas fantásticas para sua época, como o helicóptero. Nenhum hacker “do bem” da atualidade negaria a DaVinci o título de hacker, afinal esse é o espírito do hacker, um explorador dos limites do conhecimento. Einstein foi um hacker da Física. Pasteur um hacker da Química. Alguém duvida?
Crackers! Esse é o nome dado às pessoas que usam a tecnologia para cometer crimes. Nem sempre essas pessoas são hackers, embora isso possa acontecer. Em geral o cracker usa programas prontos e técnicas de engenharia social para enganar outras pessoas e conseguir acesso a sistemas de computadores. É comum hoje em dia receber emails falsos que pedem para você confirmar dados bancários na tentativa de roubar senhas de contas bancárias. Por trás desses emails encontram-se pessoas que na maioria das vezes sequer sabem programar. Usando programas prontos que circulam pela internet, seu único “mérito” é explorar a ingenuidade do usuário comum.
Na próxima vez que você ouvir uma chamada sobre a prisão de um hacker no noticiário da telinha, pegue sua pipoca e divirta-se, pois dificilmente veremos os telejornais livrarem-se da influência da telona.
* Eric Raymond é editor do The Jargon File: http://www.catb.org/jargon/html/index.html ** publicada inicialmente em 2007 para o site do Senac de Sorocaba, e ainda atual!Sabe aqueles dias em que você acorda meio perdido, pensando que algo não está dentro da normalidade? Como se você estivesse em um flashback de Lost, sua mente te remete a situações do passado, mas não está muito claro se elas foram reais ou não, afinal nossa imaginação também funciona de maneira reversa, implantando falsas memórias ou, por vezes, distorcendo-as.
Eu já naveguei por mares metafísicos, mas minhas leituras, ainda adolescente, sempre me conduziram para uma seara mais científica. Do misticismo infantil dos Coelhos da vida, cai nas teias de Fritjof Capra. O Tao da Física tirou-me, literalmente, do chão. Essa leitura mostrou-me que aquelas ideias loucas do Richard Bach, de existências paralelas, nada mais eram que conceitos da física contemporânea romanceadas na veia literária de Bach. Capra me fez perder o encanto pelo lirismo e mergulhar na cientificidade da coisa…
Enebriado pelas leituras no campo da física quântica, da teoria das cordas e dos relativismos de Einstein, logo percebi que Capra era outro mago vendendo conceitos embalados em pseudo-filosofia oriental. Saiu Capra e entrou Prigogine, esse sim legítimo homem da ciência, abalou minhas estruturas com O fim das Certezas. Dai em diante fui me cercando de autores que levavam ciência a sério. Stephen Hawking lançou-me, sem dó nem piedade, no centro de um buraco negro, sequer tive possibilidade de gravitar próximo ao horizonte de eventos…
Tudo isso se deu na minha juventude, ou pelo menos no início dela, aos 20 anos, pois ainda me considero um jovem… mais maduro, mas ainda jovem!! Hoje, próximo dos 40, tudo aquilo que eu li e reli, afinal física teórica nunca foi o meu forte, está impregnado no cotidiano de um universo fantástico, que me trouxe de volta à magia do lirismo, repaginado sob novas formas de expressão: as séries de TV.
Sou fã de carteirinha de algumas séries. Algumas me remetem aos heróis da infância, como Smallville (sim, eu ainda acompanho Smallville, por duas razões não muito racionais: a) a mórbida curiosidade em saber que fim Kal-El leva nessa releitura do Homem-de-Aço; b) Erica Durance). Mas antes que você vá lá nos comentários me zuar, outras séries me agradam pela ficção científica: Battlestar Galactica, Caprica, Stargate Universe… e tem aquelas que exploram os conceitos que, como escrevi acima, tiraram-me do meu sono dogmático do mundo místico. Eis algumas:
Lost
Todo mundo conhece Lost. Se não conhece, deveria. Lost usa e abusa das interpretações e possibilidade sobre as implicações que as descobertas nos campos da física contemporânea. Viagem no tempo e realidades paralelas são pano de fundo de uma excelente trama, que tem seus altos e baixos ao longo de seis temporadas. O final de Lost dá uma escorregada mística, que não me agradou, mas ainda assim a série é uma ode às esquisitices contidas nessa casca de noz em que vivemos.
The Big Bang Theory
Eu rio muito com essa série. Rio porque entendo o que o Sheldon quer dizer quando faz uma ironia com o Efeito Doppler (certa vez expliquei o que era o efeito doppler ao meu sobrinho de 13 anos, que também acompanha a série e, ao final, ele me olhava como se eu fosse o próprio Sheldon!) A série é boa porque trata de assuntos científicos com o rigor devido sem perder o caramelo cômico que dá sabor ao que seria intragável em um documentário da BBC. O único problema da série e aquela loirinha feia que só atrapalha a vida do quarteto nerd… BAZINGA!
Fringe
Eu confesso! Parei de assistir Fringe no final da primeira temporada. Parei porque Fringe merece atenção total. Quase como Lost. A série a princípio parece ruim. Quando vi que um dos principais personagens era o vizinho do Dawson (Dawson’s Creek) pensei: deve ser uma bosta! (Olha quem fala, o cara assiste Smallville, adiantando a mente de algum possível leitor…). O fato é que Anna Tov fazia a série valer a pena. Fringe é uma série que trata de universos paralelos, ciência e uma vaca. Fringe é a série que eu vou assistir quando eu puder me fechar na sala de TV e ver do primeiro ao último capitulo sem pausas ou interferências…
Enfim, o contato com essas séries me permitiu resgatar toda aquela teoria lida sobre a física contemporânea e visualizar suas implicações e possibilidade numa plasticidade e fotografia que só a linguagem televisiva poderia fornecer!
Por hoje é só!
Há tempos não escrevo aqui… este semestre o bicho está pegando, muitas aulas e poucos momentos filosófico-criativos… sigo no fluxo capitalista, vendendo minha força de trabalho e engrossando a mais-valia dos meus chefes, sem contar os cofres públicos que se fartam com meu imposto de renda…
Mas, alegria irmãos, é Páscoa. JC morre e “desmorre”, e assim tudo está salvo… menos a piada de mal gosto que se perpetua nos ovos de chocolate…
Bom, é o que tem pra hoje.
Fui.
Agora são 22:16!
Eram, pois o tempo já correu, mas cá estou na frente do notebook, esperando meus alunos entregarem uma atividade prática. Na verdade, estou esperando o relógio marcar 22:30… hora mágica em que os alunos desaparecem (na verdade a maioria já desapareceu, mas há uns poucos que se aventuram a beber nas fontes de meu conhecimento até o limite, não por mérito, mas porque a Van só chega depois das 23:00)
22:20… eu queria um chopp! Uma porção de provolone a milanesa e mais um chopp!
Os alunos se agitam… 22:22!
Hora de desligar o note, guardar as listas de presença, livros e demais traquitanas que eu utilizo no exercício de minha arte… adeus!
Mais um chopp? Sim, claro!
🙂
Salve Blogueiros e leitores! Sim, eu estou vivo… mais de 30 dias sem postar… efeito férias!
Muitos sabem, muitos não sabem, mas eu também fui ao despraiado e meus trip-friends já relataram nossas aventuras em seus posts:
http://www.fabioreche.com/blog/2008/07/22/parque-ecologico-jureia-itatins-despraiado/
http://rafaelgimenes.net/2008/07/22/parque-ecologico-jureia-itatins-despraiado/
Assim, eu não vou repetir muita coisa do que eles já disseram!
A viagem ao Despraiado foi heavy metal! Testei meus limites. Mas me diverti bastante!
O melhor de tudo nessa louca trip foi aprofundar os laços de amizade com os parceiros Reche e Rafa.
Ambos ex-alunos meus de ensino médio que acabaram virando bons amigos. Nessa odisséia ao Despraiado pude conhecê-los melhor e isso foi bastante gratificante. Compartilhamos o frio, a dor física, o stress, o ar puro, a alegria da conquista da Torre, muitas Skol’s e nossas histórias de vida.
Esse post fica em agradecimento ao Reche e ao Rafa pela oportunidade não só de subir à Torre do Telégrafo mas também ao companeirismo e a nossa amizade!
Obrigado irmãos!
PS.: Eu não poderia deixar de salientar que os momentos top desta viagem maluca foram 1) a expressão “cêis vão pro despraiado?”, do tiozinho da bicicleta totalmente desacreditado que os três nerds do cross-corsa estavam em busca desse fim-de-mundo… 2) o Reche me perguntando que horas eram na primeira noite (na ponte)… 23h50.. ahauhauhauaha…. só quem esteve lá compreende!
🙂