autoretrato

não vejo reflexos
meu rosto desaparece
tudo passa tão rápido
não noto os detalhes
mas me vejo no silêncio
nos intervalos entre mundos
sou menos que a infinitude
sou mais que o singular

Putas tristes…

Dia desses li “Memórias de minhas putas tristes” de Gabriel Garcia Márquez, prêmio Nobel de Literatura. Eu já havia lido, muitos anos atrás, “Doze Contos Peregrinos” e confesso que à época, não gostei muito do estilo de Garcia Márquez. Quando somos jovens, somos bobos e preconceituosos, sobre tudo quando o assunto é cultura! Hoje, aos 34 anos, descobri em Garcia Márquez o que já deveria ser o óbvio lá em 1990, um “puta” escritor!

Com José Saramago, meu autor preferido atualmente e também um Nobel de Literatura, desde a primeira leitura ficou claro que Saramago é “o cara”. Se você ainda não leu Saramago, ainda não começou a viver!

Em “Memórias de minhas putas tristes” Garcia Márquez conta a estória de um senhor que, ao completar 90 anos, decide se dar de presente uma noite com um virgem de 14 anos. Por trás de um título que deixaria muitos adolescentes alvoroçados, trata-se no fundo de uma grande história de amor. Mas não daquelas bobas que hollywood insiste em filmar. A história de amor narrada por Garcia Márquez é visceral. Dizer algo mais seria estragar o prazer que meia-dúzia de pessoas que lêem este mal digitado blog poderiam ter ao ler tal obra! Ficou curioso ou curiosa? Eh-eh-eh!

Por hoje é só!

🙂