Archive for the ‘vida de professor’ Category

Tô vivo… ainda!

11.maio.2010

Como diria um grande amigo: tá osso!

Muita correria e pouco tempo para escrever sobre o que realmente importa…

Sigo vendendo minha força intelectual de trabalho a troco de uns cobres, engrossando a mais-valia de uns poucos!

Dá pra ser de outro jeito? Talvez, mas sem Marx, ok?! Vamos superar Marx… certamente é o que ele faria…

Assim, vamos tocando o barco… entre uma Colorado e uma Heineken!

[]’s

Fim de semestre…

30.novembro.2009

Vida de professor cumpre ciclos… difícil dizer qual o mais emocionante mas dentre eles, com certeza, o fim de semestre é o mais cansativo. Sobretudo quando se trata do 2º semestre!

Nas últimas duas semanas tenho aplicado provas e avaliações. Tem aluno que até chora. Nessa época, coincidente com a presepada do natal, surgem tentativas de suborno pedagógico travestidas de mimos natalinos. Mas também há os alunos mais ousados, que já “chegam chegando”, perguntando: “o professor prefere um 8 ou 12 anos?”

É assombroso pensar que no fim das contas a única coisa que importa é a nota final e… tchau! De certa maneira, o processo de formação, seja no nível médio seja no superior, não visa o percurso, o aprendizado, mas tão somente o “passei?”.

Mea culpa, mea maxima culpa. Nós professores caímos no redemoinho da dinâmica pedagógica. A escola também é uma empresa. Clientes, produtos, serviços. A lógica é orientada ao final do processo, a aquisição de um pedaço de papel que dá o start a outros processos, sejam acadêmicos sejam profissionais. Eu sei disso. Tento fugir disso… tento.

Mas serei honesto, tem muito aluno que se preocupa. Muito aluno que busca algo além do mínimo necessário. O grande problema (se é que isso é um problema) é que tem mais, muito mais, alunos apenas flutuando ao sabor do vento. É ai que minha ideologia meu idealismo borbulha. Entra em ebolição ao contato com a fervilhante realidade do utilitárismo ao qual a escola está inserida.

Cago para a maioria dos teóricos que me entucharam no mestrado. Cago para os marxistas de plantão que não sabem mais que remoer velhas ideias que nunca tiveram lugar. O que menos se tem na Educação (sim, a com E!) é a ousadia de romper com as teias de aranha, Ooopaaa… sem com isso cair na gosma pegajosa do neoliberalismo… educação não é um imã, há que se ter uma 3ª via… quisera ter mais tempo para (re)pensar a Educação… mas o fim de semestre está ai, provas para corrigir, notas para lançar, exames, recuperações, planejamentos e mais um purrilhãos de coisa para fazer.

Talvez nas férias eu pare um pouco para pensar em como perverter (no melhor dos sentidos) a Educação sem que meus patrões percebam… quem sabe eu possa dar um sabor de verdade àquele ritual cotidiano regado a saliva e grafado a giz… quem sabe?!

No mais, gente amiga que acompanha estas mal digitadas linhas, o certo é que eu entre num recesso e escreva menos ainda que já escrevo neste famigerado blogue… talvez, e é só um talvez, no início do próximo semestre, um novo ciclo, eu volte animado e com muitas novidades. Até lá. quem sabe onde me encontrar, me chame para beber e “blogar” cara-a-cara num desses bares da vida… e quem não sabe, bom… c´est la vie!

É de morte.

Dia do Professor

14.outubro.2009

15 de outubro

Não foi planejado. No começo era apenas uma forma de ganhar dinheiro fácil. Ensinar uma topeira ou outra a usar o Lotus123 era algo simples e rentável. Simples porque para um nerd como eu, bastou comprar um livro “Lotus123 Total”, perder 4 ou 5 horas lendo e perder outras 5 ou 6 horas ensinado duas dúzias de comandos /wcs /fs /wgp e ganhar uns trocados para comer uma pizza com um dois ou três canecos de chopp.

Depois a coisa começou a ficar mais estruturada. Fazer apostilas de introdução à informática, dos, qbaisc, lotus123, windows 3.1 e ensinar quinze ou vinte toupeiras a operar computadores, escrever arquivos .bat e programar em qbasic, além das macros em lotus123, passou a ser mais interessante que programar em Dataflex 2.3b num promissor estágio remunerado. Pedi a conta e fiquei só com as aulas, prenuncio de tempos futuros, mas nessa época eu ainda não sabia ler os sinais!

Uma consultoria aqui, uma assessoria ali, um cargo de chefia de CPD acolá e eu acabei na faculdade de Letras. Inglês era o objetivo, afinal literatura boa sobre informática nos anos 90 apenas em inglês. Mas dai veio o latim, o teatro, Shakespeare, Poe, a lingüistica e a didática… cai nas teias do magistério e pouco a pouco fui deixando as consultorias, o suporte técnico, o primeiro casamento e a certificação novell de lado, lecionar era um desafio. O instrutor de informática cresceu e virou educador, um salto qualitativo que ganhou fôlego nas leituras e nas muitas horas de estudo para saciar a sede de saber dos meus alunos de corredor, os melhores.

Já completamente emaranhado à sala de aula, voltei a ser aluno na filosofia. Paixão, a filosofia abriu novas possibilidades… uniu-se a computação, flertou com o universo quântico e enraizou-se no mestrado. Fez de mim mestre-multiuso-multifacetado-multiplicado. Fez de mim professor, educador, encantador, ilusionista.

Hoje não sei viver fora da sala de aula. O pó de giz é minha cocaína. O alvoroço pueril do ensino médio é meu combustível. A turbulência da universidade é meu combate. As pilhas de livros pela mesa são o meu sossego. As provas para corrigir são o meu tormento. O “olá mestre” do/a ex-aluno/a no corredor do shopping é meu conforto. A amizade dos rockers-alunos-parceiros é meu tesouro.

Sou professor, amo ser e morrerei sendo.

ENEM, ENADE e o saco na lua…

22.setembro.2009

Duas siglas andam me enchendo o saco ultimamente. ENEM e ENADE, um avalia os alunos de ensino médio e o outro os do ensino superior. Preocupadas com os resultados nos tais exames, as instituições nas quais trabalho andam a inverter o sentido da educação…

De um lado a orientação para elaborar provas, questões e atividades nos modelos do ENEM/ENADE. Vamos treinar os alunos para reconhecer o estilo de questões para obter um melhor rendimento. Até regra de três eu ando ensinando, como forma de reconhecer que não é preciso conhecer o assunto, basta “sacar” o que a questão pede e aplicar a regra de três como método infalível de obtenção de acertos…

Tá, eu sou professor… eu sou o cara na sala de aula, não sou gestor. Gestores querem resultados, que viram matrículas, que viram dinheiro… sim, o dinheiro que paga o meu salário. Eu deveria estar em consonância com os esforços para preparar nossos alunos e alunas para os exames nacionais… afinal, o objetivo último da educação é grarantir bons resultados no momento de mensurar o que um aluno de ensino médio aprendeu em 3 anos e o que o aluno de faculdade aprendeu em 3, 4 ou 5 anos… e mensurar isso em um único dia!

Eu posso estar errado, mas alguma coisa está errada. É… devo ser eu o errado. Avaliação escolar é um dos temas mais complexos, embora todo mundo, educador ou não, tenha uma opinião sobre o assunto. Opiniões das mais retrógadas às mais vanguardistas, o fato é que avaliar é tão subjetivo que a proposta de um exame nacional por si só já é surreal.

Escolas públicas e privadas, nos âmbitos do ensino médio e superior, gozam de inúmeros paradoxos. O quesito qualidade sofre uma inversão drástica quando se compara o ensino público de nível superior ao privado. O mesmo acontece quando se faz a comparação entre o ensino público de nível médio ao privado. Realidades opostas pois, em algum momento, o produto de uma se torna o público da outra.

E as disparidades regionais? Exames nacionais encaram os alunos como abstrações. “O Aluno” é uma entidade abstrata e seu desempenho é mensurado, avaliado, balizado a partir dessa abstração. Os resultados, nesse sentido, são tão abstratos quanto. Vira tudo média… alunos são todos iguais, não importa a região, condições sócio-econômicas, estrutura familiar e outros detalhes bobos… todos devem estar enquadrados no modelão “aluno”. Professores idem. Outra abstração…

As instituições que podem, correm para se adequar às regras dos exames e “produzir” resultados que as coloquem nas melhores posições. Afinal o mundo é dominado pelo sistema e o sistema “no perdona”… e para garantir o meu dinheirinho no fim do mês, eu me prostituo… dou aula de preparação para ENEM, ENADE e o que mais vier por ai… afinal eu sou multiuso… filósofo, letrado, computeiro e conhecedor de muitas facetas do conhecimento humano, eu sou o cara ideal para “alumiar” os “sem luz” abstratos que se convertem em porcentagens… e “alumio” sem dó.

Eu não concordo com ENEMs e ENADEs… mas como diz a música dos Velhas Virgens:

eu não preciso de muito dinheiro mas preciso muito de dinheiro pra torrar… pra torrar…

e assim vou vendendo minha dignidade a preço de banana, pois o mercado tá cheio. Mas isso não me impede de ficar puto com a situação. E eu fico puto… muito puto!

Se por um lado “eles” podem ditar as regras e impor modelos e exames, por outro, dentro da sala de aula, sou EU quem manda… eu faço o que “eles” querem, mas do meu jeito, ao meu modo e, como diria Raul, “dando os toques”!

Beijomeliga!

Pau para toda obra!

19.agosto.2009

No último mês tenho feito muitas coisas fora da minha rotina! Com a nova casa pronta, a mudança trouxe à tona necessidades que couberam ao distinto cidadão aqui.

Desmontei torneiras, desentupi canos, puxei toda a fiação telefônica, instalei a antena de TV… tudo isso regado a xingos e maldições. Minhas duas semanas finais de férias foram um misto de encanador, pedreiro, tapeceiro, eletricista e sabe-se mais o que!

Voltam as aulas e lá estou eu novamente envolto com 10 disciplinas diferentes e diametralmente opostas no que tange aos conteúdos e áreas do conhecimento. Sim, eu sou multiprotocolo, academicamente falando!

Após uma breve apresentação do meu currículo e das minhas atividades acadêmicas, um aluno perguntou: “E quando o Sr. dorme?” A classe riu. Ontem cheguei em casa às 22h50 depois de 4 aulas sobre Hardware e fiquei até 1h10 preparando o conteúdos de aula das outras 9 disciplinas. 6h00 já estava em pé novamente…

Eu preciso sair dessa vida promiscua de lecionar tudo o que eu sei. Eu gosto, faz meus neurônios terem orgasmos múltiplos, mas às vezes penso que seria tão bom lecionar sobre um único tema. Seria mais fácil profissionalmente falando, mas a verdade é que mesmo assim eu continuaria “estudando” tudo aquilo que me interessa… dar aula é reflexo, e não o propósito, do meu empenho em explorar o vasto universo do conhecimento humano.

Eu adoro a sala de aula e o contato com as mentes inquietas dos meus alunos (pelo menos de uma meia dúzia deles) mas quem sabe um dia eu não largo tudo, abro um buteco e coloco meu conhecimentos a serviço as conversas despretensiosas dos bêbados! É uma possibilidade… até lá, continuo na acadêmia, no templo do saber, no centro da produção do (ahahaha) conhecimento da (ahauhauha) humanidade.

É isso ai gente!

Beijo-me-liga!

Alive!

17.agosto.2009

Meu último post é de abril! Estamos em agosto! Cara, que relaxo…

Mas eu explico, andei numa correria louca com muita coisa e o blog ficou jogado as traças (existem traças virtuais?!)… porém, e sempre há um porém, nas segundas-feiras me sobra tempo ocioso à tarde… e espero aproveitar esse tempo para escrever minhas bobagens…

Cara, hoje eu vinha pela estrada pensando em como tem gente idiota que se arrisca por nada. Entre uma cidade e outra, são 70Km. 20 deles de estrada duplicada e os outros 50 pista única. O asfalto é bom, mas tem muito caminhão trafegando. Bom, há pontos onde existem faixas adicionais e neles você se livra dos caminhões.

Entretanto, e sempre há um entretanto, tem umas bestas que insistem em ultrapasar os mega caminhões nas curvas, nos pontos onde é proíbido realizar ultrapassagens, invadindo as faixas adicionais e, pasme, até indo o acostamento da pista oposta… só hoje eu vi 5 carros que quase, mas por muito pouco, não tiveram um encontro com o criador (pra quem acredita em criador, pois pra mim, essas bestas iriam virar carne moída e ponto final!).

Desde que fui contratado para trabalhar noutra cidade, já percorri o caminho umas 10 vezes… um dia, muito retardado, pois sempre tem um dia em que a gente está retardado, resolvi otimizar o tempo realizando manobras arrojadas ao volante e tudo seguindo a lei (levando em conta que os radares têm tolerância de 10%, 110Km/h de limite permite 121Km/h no real… dentro da lei!) sem fazer nada fora do regulamento, levei a velocidade nos limites permitidos e ultrapassei sempre que possível… praticamente eu era o SpeedyRacer num Mach 0,5.

Beleza, anotei os tempos e hoje, prudente e praticamente um senhor de 78 anos ao volante, segui o caminho na mais absoluta tranquilidade. Sem exageros de velocidade, sempre pouco abaixo do limite, ultrapassando somente quando havia faixa adicional ou quando era extremamente seguro, com ampla visão e segurança.

Sabem qual foi a diferença entre o ás(no)volante e o tiozão-motorista-de-domingo? 10 minutos. Sim, simples 10 minutos… oras, eu me arriscar a virar carne moída em metal retorcido para ganhar miseros 10 minutos?! O cacete, saio 10 mais cedo de casa e tchombas!

Como farei o caminho supracitado de 70km todas as segundas-feiras é certo que dentro em breve verei um animal metido a “Velozes e Furiosos – Desafio em Sarapuí” se arrebentar no meio de um caminhão com 20t de cana!

É isso ai criançada, no trânsito, não corra, não mate, não morra!

Até!!!!

Imperador?

16.abril.2009

Semana de provas, uma certa ociosidade no ar. Lá estou eu entretido com minhas caraminholas quando um aluno do 1o. semestre me interrompe para perguntar (sim, porque alunos de 1o. semestre ficam vagando feitos almas penadas pelos corredores da universidade, eles ainda não aprenderam que após uma prova ou é casa ou é bar!):

– ô profe, o que o sr. acha do adriano para de jogar bola?

– quem?

– o imperador!

– imperador? (cara de nada!)

– é profe, o que largou o futebol, o sr. sabe?!

– rapaz, futebol não é a minha praia…

– bom, então, ele decidiu parar de jogar bola! como pode?!

– qual o problema?

– ô loco profe, puta salário… o cara largou, fora o status… sei lá…

– certo ele!

– ô profe… cê tá brincando né?

– eu tenho cara de quem está brincando (cara de bravo!)

– não, é que, bom, sei lá… puta salário…

– o problema é o salário?

– ah profe, o cara conseguiu o sonho de todo mundo… ser astro do futebol…

– eu nunca sonhei com isso…

– ah, mas o profe é filósofo… outras paradas né…

– (cara de helloooo-u)

– então profe, acho que o cara pirou… drogas e tals… largou o futebol!

– puta salário!

– ééé profe… puta salário… e vai pagar multa ainda… eu não fazia isso!

– eu faria!

– ah profe… o sr. é cabeça… mas o adriano não podia largar!

– (cara de cabeça!) que fase…

Após esse alucinante episódio da minha vida acadêmica, pus-me a filosofiar (afinal sou um cara cabeça) sobre o assunto. Bom, eu nem sequer sabia exatamente quem era o tal imperador e os detalhes do acontecido, mas isso não vem ao caso. A sociedade se espanta se alguém decide deixar de lado um “puta salário” ou o status de astro “do que for”. E dai? E se o projeto de vida do cidadão é vender banana na estrada de Tapiraí? Deixa o peão ser feliz, porra!

Eu mesmo, quando decidi deixar minhas atividades profissionais no campo da informática e me dedicar exclusivamente à área acadêmica, também senti uns certos olhares de “ó o cara, pirou!”. Eu me sentia um herege, alguém marcado com a letra escarlate da vergonha social: deixou uma carreira promissora na informática para “dar aulas”! Só faltou alguém completar: “e um puta salário”!

A questão é: eu sou muito mais feliz “dando aula” que trabalhando das 8h às 18h programando sistemas ou implantando redes. Não deixei de amar a computação, apenas decidi ganhar o pão meu de cada dia de uma maneira diferente.

Assim, se o imperador que parar de jogar bola, tem todo o meu apoio, vai ser feliz, não importa por onde! 🙂

mais estórias de corredor…

10.fevereiro.2009

Sou o rei do bola-fora…

Certa vez, numa turma de ciências contábeis, tive uma aluna húngara. Ela estava a pouco mais de 2 anos no Brasil e tinha um sotaque bastante peculiar. Era difícil entender o que ela dizia. Nesse mesmo ano, na turma de ciência da computação, percebi que um dos alunos falava de forma diferente, parecia um sotaque estrangeiro, mas eu não conseguia identificar.

Os colegas de classe dele também estranhavam o sotaque daquele rapaz. Bom, um dia esse aluno me fez umas perguntas e, enquanto eu conversava com ele, eu tentava entender o que ele dizia. Num dado momento, perguntei: “Você fala de um jeito diferente, você é estrangeiro?” e a resposta me valeu mais um trófeu bola-fora: “Nãom profezor, eu zou surdo, uzo aparelio.”

Minha sorte é que tocou o sinal do intervalo e eu dei uma de leão-da-montanha: saída estratégica pela direita… zupt!

estórias de corredor

09.fevereiro.2009

Atendendo ao pedido do Reche…

A primeira vez que dei aulas para o curso técnico em informática, no ensino médio, foi em 03/05/1996. Eu já havia lecionado em cursos livres e treinamentos antes disso, mas o ensino médio era uma novidade, embora eu já contasse com a bagagem teórica da licenciatura em letras e uns bons anos camelando na informática, ainda ssim, eu senti um nó no estômago.

Uma semana antes, quando fui contratado, o coordenador do curso me alertou que a classe que eu iria assumir, um terceiro ano,  já havia deposto dois professores. A disciplina era VisualBaisc 3.0 (sim, no Windows 3.11) e os alunos estavam espumando pela boca…

Entrei na sala, me apresentei e escrevi na lousa: calendário. Vamos fazer um calendário. Os olhares dos alunos eram de desconfiança. “Fala sério professor, calendário?! Coisa mais boba…”, disse um aluno. Depois de uns 3 ou 4 minutos de polvorosa, eu disse: “Ok, já que é fácil, façam ai o calendário de março de 2010”. O silêncio foi total. Uma aluna levantou a mão e disse: “Como a gente vai saber isso?”

Naquela noite, expliquei como se utilizava o cálculo do ano juliano, com suas regras para anos bissextos e tudo mais, para elaboração de calendários para qualquer ano. Fomos ao laboratório e desenvolvemos o algoritmo, interface e ao final daquele mês, o VBCalendar 1.0 (com controle de feriados e anos bissextos) era o orgulho da classe. Naquele ano, fizemos mais 4 ou 5 projetos e, na formatura, ganhei uma xícara com meu nome escrito de presente dessa turma.

Semana passada, andando pelos corredores de um dos meus locais de trabalho, encontrei um ex-aluno, daquela minha primeira turma, que me reconheceu e disse: “ô professor, o calendário!!!”, nos cumprimentamos, falamos um pouco sobre a vida desde então e cada um de nós seguiu seu caminho. O que me marcou nesse reencontro foi “o calendário”.

Um sabor de missão cumprida se fez sentir.

Férias

20.junho.2008

Hey-ho! As férias estão chegando… um mês todinho longe de lousas, alunos, livros, notas…

1a. semana de férias, descompressão: junkfoods e maratona battlestar galactica;

2a. semana de férias, desentoxicação: bike, caminhadas e salada, muita salada;

3a. semana de férias, descontração: ficar só de cueca 24h por dia;

4a. semana de férias, despedida: ficar mais 24h por dia só de cuecas;

5a. semana de férias, desgraça: reuniões pedagógicas!

E vamos que vamos meu povo…